Drop-In
Drop-In, Centro de Aconselhamento
O Centro funciona no Intendente, com uma equipa fixa de duas pessoas — um psicólogo e uma assistente social. «O grande propósito é alertar as prostitutas para os cuidados básicos de saúde e para a imperatividade do uso do preservativo. Uma vez por semana existe consulta de DST. Quando é diagnosticada alguma doença, há um encaminhamento imediato para locais onde se possa efectuar o tratamento. Desde que foi criado, o Drop-In já recebeu mais de 900 mulheres diferentes. A média diária é de 50 contactos.
Em Julho de 1997, no âmbito do mesmo projecto, foi criada uma unidade móvel, patrocinada pela Comissão Nacional de Luta Contra a SIDA e pela Região de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. «Esta unidade desloca-se aos vários locais de Lisboa onde existe prostituição de rua, desde Monsanto, Parque Eduardo VII, Restelo, Artilharia Um, Alameda e mais recentemente, Intendente, dado que o Centro que aí funciona está temporariamente encerrado para obras de melhoramento», explica Jacinta Azevedo, uma das suas coordenadoras. «Quando se faz um projecto na área da prostituição, o mais importante é incutir às pessoas a capacidade de discernir e diminuir o risco», salienta Jorge Cardoso, outra figura importante no funcionamento do Centro, para quem são necessárias mais iniciativas como esta para combater eficazmente a transmissão das DST.
Pois é porque, se em alguns países da Europa a relação entre a prostituição e as DST não é muito relevante, em Portugal acontece o contrário — é no seio da prostituição que estas doenças encontram melhores condições para a sua transmissão.