Moçambique

MOÇAMBIQUE: À procura dos sucessos e fracassos na prevenção do HIV

PlusNews

27/08/2007, Moçambique - Um grupo nacional de referência em prevenção do HIV irá ajudar o governo a elaborar acções baseadas em evidências de boas respostas existentes.

A criação do grupo foi aprovada na semana passada pela primeira-ministra Luisa Diogo, pelo ministro da Saúde Paulo Ivo Garrido e pelo Conselho Nacional de Combate ao HIV/Sida (CNCS).

Especialistas de distintos ministérios, de organizações internacionais, acadêmicos e representantes da sociedade civil organizarão um pacote com exemplos de projectos que mostraram eficácia, e indicarão por que, onde, como foram feitos e quanto custaria a replicação.

A estratégia pode ajudar a entender as diferenças entre a seroprevalência nas diversas regiões de Moçambique e identificar potenciais iniciativas, considerando a realidade de cada região. Segundo o CNCS, o país apresenta seroprevalência de 9.3 por cento na região norte, 20.4 por cento no centro e 18.1 por cento no sul.

“Temos que passar da fase o que é a Sida para o que reduz a Sida”, disse Maurício Cysne, coordenador nacional do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV e Sida e um dos idealizadores deste grupo.

A Rede Moçambicana de Organizações contra a Sida (MONASO) coordenará neste grupo de referência a selecção de exemplos de boas práticas junto às associações de base e aos líderes comunitários.

A MONASO tem mais de 700 grupos afiliados nas 11 províncias moçambicanas.

“O que eles mostrarem que deu resultado será analisado”, explicou ao PlusNews o oficial de comunicação e pesquisa da MONASO, Gil Manuel.

Para uma população de 19.8 milhões, Moçambique tem uma seroprevalência de 16.2 por cento entre os adultos.

A Organização Mundial da Saúde informou que a implementação de um pacote eficaz de prevenção poderia evitar pelo menos seis de cada 10 infecções do HIV em Moçambique.